A Vida Vale Mais é o tema da campanha de Natal de 2010 da Igreja Batista de Água Branca. Nesta série de 10 mensagens, Ed René Kivitz, nos leva a refletir o quanto a vida vale para nós.
Milhões de pessoas no mundo vivem, por dia, com menos do que muitos de nós pagaríamos por uma garrafa de água ou uma lata de refrigerante. O Banco Mundial define a pobreza extrema como viver com menos de 1 dólar e vinte e cinco centavos por dia. Em moeda brasileira, R$ 2,20 – dois reais e vinte centavos. Estima-se que 1 bilhão e 400 milhões de pessoas vivam nessa situação. No Brasil, são 22 milhões de pessoas. A vida vale só 2,20? A vida tem um preço? Quanto a vida está valendo pra mim? E a nossa vida, está reduzida a que?
Qual é a linha divisória da nossa miserabilidade? Trabalho-ganho-consumo? Quem é, de fato, o pobre? Apenas os que não têm os R$ 2,20? Precisamos rever o conceito de pobre, além de considerar a realidade do “desfavorecido”, mas também a do “vazio de sentido”. Pobre é todo aquele que não vive a esfera do sentido, do significado.
Quem, de fato, é o pobre nessa dimensão? Quem é o pobre na parábola do jovem rico? Quem é mais pobre? Talvez Jesus tivesse dito a ele: Tantas pessoas vivendo com menos de R$ 2,20 por dia, e você tem recursos além do necessário. A vida delas vale muito mais e a sua também, então divida com eles o que você tem. O jovem não aceitou o convite e foi embora, ricamente pobre.
A vida vale mais do que isso que estamos chamando de vida, para nós e para os outros. As estatísticas e realidades sobre os pobres de bens materiais são visíveis, publicadas e expostas. E os índices e dados sobre as nossas misérias internas, pessoais, bem guardadas, intocadas? Reconhecemos os sinais de “não vida” nos empobrecidos. Mas será que reconhecemos os sinais de “não vida” em nós?
Aprendemos com Jesus que a vida tem preço altíssimo. Para Deus, custou a vida do seu filho. A declaração de Jesus “Eu vim para que todos tenham vida e vida plena” é um anúncio profético: A Vida Vale Mais!